INTRODUÇÃO: Conforme o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), pedofilia caracteriza-se por "fantasias sexualmente excitantes, impulsos sexuais ou comportamentos recorrentes envolvendo atividade sexual com crianças" em indivíduos com no mínimo 16 anos que possuam pelo menos 5 anos a mais que a criança envolvida. METODOLOGIA: Estudo de revisão narrativa através da base de dados PubMed, o qual objetiva transcorrer sobre avaliação e tratamento do transtorno pedofílico. RESULTADOS: Foram selecionados 21 artigos que evidenciaram programas terapêuticos efetivos. A maioria utiliza métodos psicoterapêuticos e farmacológicos e conseguem auxiliar pacientes a reduzirem chances de cometerem agressão sexual contra crianças. DISCUSSÃO: O diagnóstico do transtorno pedofílico é clínico e envolve a identificação de indivíduos experimentando sofrimento significativo por fantasias sexualmente estimulantes e impulsos sexuais, incluindo consumo de pornografia infantil. O critério de persistência de sinais e sintomas de pedofilia por 6 meses ou mais tem o intuito de assegurar que a atração sexual por crianças não seja transitória, permitindo diagnóstico mais acurado do transtorno. CONCLUSÃO: Os pacientes diagnosticados com pedofilia devem receber, além da psicoterapia e farmacoterapia recomendada, tratamento para outras eventuais comorbidades psiquiátricas concomitantes e psicoeducação, a fim de promover ao paciente um maior entendimento sobre sua condição e terapêutica.