“…As equipes de saúde expandem seu olhar para informações relacionadas aos há-bitos de vida, e o acompanhamento do dia a dia permite encontrar elementos reforçadores da mudança de comportamento e otimizar soluções para questões frequentemente elencadas como facilitadoras ou determinantes de lapsos ou recaídas, como problemas ocupacionais, financeiros ou desentendimentos e frustrações inerentes à circulação e ao convívio em ambientes não protegidos. As principais limitações desses dois estudos [24][25] são o número reduzido de pacientes e o processo amostral, que em ambos foi de conveniência, sem randomização e com pessoas já vinculadas aos serviços base de cada estudo. A contribuição relevante, indicando que cuidados multiprofissionais, com modelos ampliados, chamados psicossociais, além de cuidados continuados, podem aumentar as chances de adesão e resposta positiva em termos de mudança de comportamento fica limitada pela impossibilidade de os dados serem extrapolados para usuários de crack em geral ou para grupos de usuários com características especí-ficas, como sexo, idade, renda e escolaridade, por exemplo.…”