A qualidade e a acessibilidade à água potável são de extrema importância, uma vez que ela é um dos elementos básicos para a sobrevivência humana e para o desenvolvimento das atividades econômicas. Porém a minimização dos recursos naturais e a elevada demanda tornam a escassez um fato iminente. A busca por novas alternativas e técnicas de recuperação de águas tem se tornando comum nos dias atuais. Dentre os compostos naturais estudados se destaca a Moringa oleífera. Deste modo, este trabalho teve por objetivo avaliar o percentual de remoção de chumbo da água utilizando sementes de Moringa oleífera como biossorvente, para isto foram avaliados: tempo de contato, influência da temperatura no processo, massa de adsorvente e pH. Como resultado, o adsorvente mostrou grande potencial para a remoção de chumbo, podendo ser verificado através do elevado percentual de remoção obtido, de 96,55% à 25°C, pH 5,5 e agitação de 200 rpm, em um tempo de equilíbrio de 30 minutos. A análise da influência da temperatura e da quantidade de massa de moringa neste estudo mostrou que estes parâmetros não influenciaram significativamente no processo de remoção de chumbo, já o pH mostrou-se altamente significativo, apresentando percentual de remoção de apenas 17,62% em pH 1 e ao se elevar o pH para 6, a máxima remoção obtida alcança percentual superior a 98,8%.
INTRODUÇÃOO aumento das atividades industriais tem contribuído significativamente para o aumento da poluição ambiental e destruição dos ecossistemas (ARAÚJO et al. 2009), principalmente aquelas que apresentam resíduos que contenham metais pesados por serem prejudiciais devido aos seus efeitos tóxicos para os seres humanos e animais (TAGLIAFERRO et al. 2011).Os metais pesados tornam-se tóxicos para os seres humanos quando as concentrações destes exceder os níveis permitidos. Com base na sua toxicidade a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu o limite máximo admissível para íons de chumbo na água potável de 0,05 mg/L. Reconhecidos como contaminantes perigosos devido à sua elevada toxicidade, acumulação e retenção no corpo humano, nos seres humanos o chumbo pode provocar graves danos para os rins, sistema nervoso, sistema reprodutivo, fígado e para o cérebro (WANG et al. 2015).A remoção de metais pesados da água envolvendo adsorção por materiais orgânicos e inorgânicos, tem se mostrado uma opção bastante interessante. A adsorção tem