Subjectivation et désidentification politiques. Dialogue à partir d’Arendt et de Rancière

Abstract

<p>Este diálogo a dos voces intenta hacer comunicar las lógicas conceptuales de Hannah Arendt y de Jacques Rancière en beneficio de una comprensión renovada de las nociones de subjetivación política y desidentificación en el contexto de las luchas políticas. Estas dos voces están de acuerdo en discutir líneas conceptuales de convergencia y de divergencia, pero defienden posiciones a veces irreductibles, con lo cual dejan entender hasta qué punto la conceptualización de las experimentaciones políticas no puede hacerse sino por la pluralidad y la contradicción. Se discuten las nociones de subjetivación y sujeto político, de desidentificación e identidad, de singularidad y colectivo, del Estado y la dominación, de emancipación y pluralidad.</p>

Becoming Through Detachment

“…Political subjectivation redefines the coordinates of experience when subjects appear in a scene in which they elaborate the terms of their emancipation by taking control of temporalities, spatialities, words, and modes of presence that were previously removed from them. Instead of proposing an emancipatory concept that identifies its revolutionary agent, political subjectivation highlights the contradictory forces of disidentification that establish an unpredictable movement of irruption (Fjeld and Tassin 2015), which lies at the heart of the democratic impulse toward equality.…”

‘Nothing will ever be the same again’. Personal commitment and political subjectivation in the 20 February Movement in Morocco

“…The author who most insists on this 'negative' aspect of subjectivation is Jacques Rancière, for whom politics is first and foremost a 'rupture' ('désidentification') that makes it possible to undo the reproductive classifications of the social order (Rancière 1995). Rancière's subject is realised only in its making, when it is able to remain 'outsider' or 'in-between' (Rancière 1995, 61), and political subjectivation is produced mainly through the rejection of a 'remarkable subject' and the pursuit of an 'indeterminate future without precession or procession' (Fjeld and Tassin 2015). In Rancière, political subjectivation is not the coming to a state (he calls it 'police'), but an opening to new and unknown sets of possibilities: 'a multiple that was not given in the police constitution of the community' (Rancière 1995, 60).…”

Os Processos De Subjetivação E Emancipação Política Em Jacques Rancière

“…Do que se tratava era de dizer que o que define os possíveis para os indivíduos e grupos nunca é uma relação entre uma cultura própria, uma identidade própria e as formas de identificação do poder em questão, senão o fato de que uma identidade se constrói a partir de uma grande quantidade de identidades ligadas a uma grande quantidade de lugares que os indivíduos podem ocupar, a multiplicidade de suas pertenças, das formas possíveis de experiência". (Rancière, 2014, p. 91) Ao invés de propor um conceito emancipatório que identifica previamente seu agente revolucionário por meio da análise das classes sociais, trata-se de salientar as forças polêmicas de desidentificação que instauram um movimento imprevisível no seio de um mundo marcado pelas desigualdades e formas de dominação (Fjeld & Tassin, 2015).…”