Introdução: A vida das mulheres no mercado de trabalho é desafiadora, e ser estomizada agrava essa dificuldade. A reabilitação dessas pacientes busca sua inclusão social e retorno ao trabalho, essenciais para autoestima e sensação de utilidade. No entanto, enfrentam barreiras sociais, preconceito e falta de conhecimento, dificultando a reintegração laboral. A alteração da imagem corporal pela estomia afeta negativamente a percepção de corpo, sexualidade e beleza, aumentando a insegurança e constrangimento, especialmente em relação à bolsa coletora. A insatisfação sexual é comum, dificultando a autoimagem como pessoas atraentes e sexuais. Objetivo: Compreender o significado de ser mulher com estomia de eliminação em tempos contemporâneos. Método: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, com nove mulheres com estomias de eliminação. A coleta de dados foi por meio de entrevistas utilizando questões norteadoras, diário de campo e observação participante e os dados foram analisados através da Análise Temática de Conteúdo. Resultados: A média de idade das participantes é de 44 anos, sendo quatro com Ileostomia e cinco com Colostomia. Tiveram como diagnóstico: doença de Crohn, endometriose, retocolite ulcerativa, tumor desmóide, câncer colorretal, polipose adenomatosa familiar e doença de Hirschsprung. Através da análise das falas, foi extraído três categorias: “Dificuldades e Adaptação após a confecção da estomia”, “Profissão e Ocupação após a confecção de estoma” e “Autoimagem e sexualidade da mulher com estomia”. Conclusão: Ser mulher estomizada abrange grandes dificuldades e adaptações necessárias para uma melhor qualidade de vida e retomada das atividades, sendo um desafio para todas.