As estações de tratamento de esgoto têm grande impacto na saúde pública, pois tratam o esgoto doméstico com o objetivo de devolvê-lo aos corpos d'água como efluente líquido limpo ou para reaproveitamento. Esse tipo de processo produz uma grande quantidade de lodo, que é classificado como resíduo sólido e, portanto, deve ser recuperado, reaproveitado ou reciclado, sendo o aterro o último recurso. O tratamento do lodo é dividido em cinco etapas, sendo estas: adensamento, digestão, desaguamento, secagem e aproveitamento (ou destinação final), de forma a obter uma massa com volume reduzido devido à retirada de água. Uma das opções de processo de secagem é a biossecagem ou biodrying, a qual, utiliza o calor gerado pela fermentação aeróbia de microrganismos para remover a água combinada com o lodo. A vantagem desse procedimento é que ele retém o poder calorífico da massa final, permitindo sua queima e aproveitamento energético. Algumas condições afetarão o processo de biossecagem, entre as quais podemos citar: o teor de umidade inicial, a taxa de aeração, a proporção de mistura dos materiais estruturantes, o revolvimento da massa e a adição de componentes biológicos auxiliares (bulking agents). Este artigo tem como objetivo avaliar, a partir da literatura, a importância e o impacto da alteração do teor de umidade inicial do lodo no processo de biossecagem.