IntroduçãoEm termos de valores, estima-se que a aquicultura já contribua com 5% da produção de proteína animal brasileira, apresentando ritmo de crescimento superior a média nacional (DUTRA et al., 2014). Para Ostrensky et al. (2008) nenhum outro setor da economia brasileira cresceu tanto quanto a exportação de pescados, portanto, há um imenso potencial a ser explorado para a colocação de produtos no mercado.Nesta perspectiva, a Amazônia por possuir ricas bacias hidrográficas, é responsável por 20% da água doce do mundo, sobressaindo ainda os milhões de hectares de águas represadas em açudes e reservatórios e ainda a imensidão de seus mais de oito mil quilômetros de costa que possibilita uma enorme e variada atividade de cultivo de espécies (REZENDE et al., 2008).Na região Norte do país, a atividade aquícola é menos desenvolvida em relação às demais regiões RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi caracterizar a piscicultura da mesorregião do Marajó na Amazônia Oriental e a forma como essa atividade está organizada. O estudo foi realizado em 32 pisciculturas distribuídas nos municípios de Breves, Curralinho, Muaná, São Sebastião da Boa Vista e Soure. Os resultados desta pesquisa permitem concluir que, a piscicultura em viveiros conta com 90,6%, manejada por 65,6% de produtores com ensino fundamental incompleto e mão-de-obra familiar de 93,8%. O modelo de instalação aquícola por derivação foi de 87,5% com finalidade de 93,8% para uma produção de subsistência/comércio. O tambaqui foi à principal espécie cultivada com 62,5%. Os alevinos cultivados na região são provenientes do próprio estado correspondendo a 96,9% e a prática desses produtores é o monocultivo. A principal dificuldade relatada é a ração/assistência técnica com 37,5%. Desse modo, a piscicultura nesses municípios, se configura como uma possível alternativa para o fortalecimento da economia local. Palavras-chave: Amazônia, aquicultura, manejo, tambaqui A Fish-Farm in Marajó, Eastern Amazon, Brazil ABSTRACT: The objective of this research was to characterize the fish farming meso Marajó in eastern Amazonia and how this activity is organized. The study was conducted in 32 fish farms distributed in the municipalities of Breves, Curralinho, Muana, São Sebastião da Boa Vista and Soure. These results indicate that, in fish farming ponds has 90,6%, 65,6% managed by producers with incomplete primary education and manpower family of 93,8%. The model aquaculture facility by derivation was 87,5% with 93,8% of purpose for subsistence production/trade. The Amazonian fish was the main species grown at 62,5%. Fingerlings grown in the region are from the same state corresponding to 96,9% and the practice of these producers is monoculture. The main difficulty reported is the feed/ technical assistance to 37,5%. Thus, fish farming in these counties, appears as a possible alternative to strengthening the local economy.