Este trabalho objetiva caracterizar a situação da pisicultura e contribuir para melhor conhecer as atividades desse setor na mesorregião do estado do Pará. Realizou-se entrevistas com aplicação de questionário semiestruturado, para pequenos produtores de 12 municípios desta mesorregião. Verificou-se que o sistema de cultivo predominante é o extensivo e os alevinos são adquiridos fora do estado. Para redução dos gastos com o cultivo, sugere-se a implantação de unidades produtoras locais, com incentivo ao uso de tanques-rede, ao policultivo e ao consorciamento de peixes com aves; quanto à venda seria interessante que o peixe fosse comercializado filetado e congelado. Considera-se que a produção nessa região paraense é expressiva com 507.165 kg/ano, mas poderia melhorar se houvesse assistência técnica efetiva e financiamentos da atividade por órgãos públicos e privados. Palavras chave: Peixes, produção, sistema de cultivo.
A região do litoral norte do Brasil é caracterizada por apresentar uma linha de costa bastante diversa onde se localizam inúmeros sistemas estuarinos. Possui uma topografia baixa e aporte de grandes volumes de água doce, principalmente do Rio Amazonas, produzindo processos oceanográficos interdependentes e complexos, que exercem uma forte influência na distribuição dos recursos vivos da região. Um estudo sobre a produção, o esforço de pesca e a captura por unidade de esforço (CPUE) das principais espécies de peixes capturadas em currais-de-pesca no litoral amazônico do estado do Pará, durante o período de 1995 a 2002, foi realizado visando a fornecer subsídios para o gerenciamento adequado desta pescaria. Para tal foram analisados dados coletados pelo projeto ESTATPESCA, e através de entrevistas realizadas com pescadores e pessoas relacionadas com a atividade pesqueira em 15 municípios. A produção de pescado nos currais-de-pesca seguiu a mesma tendência da produção total desembarcada, com a captura máxima em 1998; a partir de 1999 apresentou uma tendência de produção decrescente com pequena recuperação em 2002. As espécies com maior participação relativa, em ordem decrescente, foram a pescada-gó (Macrodon ancylodon) 38 %, o bagre (Arius herzbergii) 10 %, o bandeirado (Bagre bagre) 6 %, a corvina (Micropogonias furnieri) 4 % e o peixe-pedra (Genyatremus luteus) 2 %. Os municípios com maior produção desembarcada foram Quatipuru (19,07 %), Curuçá (17,11 %), Bragança (12,12 %) e Marapanim (8,14 %). O esforço de pesca seguiu uma tendência de crescimento durante todo o período (1995 a 2002), com uma pequena redução em 2001 logo compensada em 2002. A produção anual e as CPUE's do bagre, bandeirado, peixe-pedra e pescada-gó apresentaram uma tendência de queda enquanto que a corvina manteve seus valores com pequenas variações ao longo do período. Os resultados da análise de variância da CPUE anual pelo teste H de Kruskal-Wallis para cada uma das cinco espécies foram significantes nível de α = 0,05. Foram utilizados os modelos logísticos linear de Schaefer e exponencial de Fox para se estimar os parâmetros da produção das principais espécies. O esforço aplicado sobre o bandeirado atingiu 166,6 % do ótimo estimado e a captura e a CPUE são, respectivamente, de apenas 58,6 % e
RESUMO:No Pará, assim como na Região Amazônica e no restante do Brasil, a atividade aquícola ainda apresenta um crescimento discreto, quando comparada à aquicultura mundial. O presente estudo objetivou caracterizar a atividade aquícola na microrregião do Guamá-PA. Os dados, oriundos da aplicação de questionários padronizados nos empreendimentos aquícolas localizados nos municípios da microrregião, foram processados e analisados utilizando os programas Excel 2007, Canoco for Windows 4.5 e o Past 2.03. As principais atividades aquícolas praticadas na microrregião são a piscicultura (23,4%) e a pecuária (23,4%); o policultivo é o principal tipo de cultivo (60,9%), sendo o de tambaqui (Colossoma macropomum) com tilápia (Oreochromis niloticus) o mais praticado (55,6%), utilizando principalmente o sistema extensivo de criação (57,8%). Apenas 25% dos empreendimentos têm finalidade comercial, sendo a principal mão de obra utilizada a contratada (45,3%). O pescado in natura é a principal forma de comercialização (71,8%), sendo que apenas 25% dos empreendimentos usam ração comercial e 62,5% apontaram como principal dificuldade o acesso à assistência técnica. A aquicultura ainda é praticada de forma rudimentar na maior parte da região em estudo, sendo a piscicultura de subsistência a principal finalidade da produção. ABSTRACT: In the State of Pará (PA), as well as in the Amazon region and in the rest
Este trabalho tem como objetivo estudar a estrutura de comprimento e analisar dados biométricos do pargo, Lutjanus purpureus, Poey, 1875, e suas relações morfométricas, com base amostragem dos desembarques realizados nos municípios de Belém, Vigia e Bragança, Estado do Pará. As amostras mensais aleatórias constaram de, aproximadamente, 500 indivíduos no período de janeiro de 1999 a dezembro de 2000, sendo retiradas também subamostras retangulares de 150 indivíduos, no período de abril de 1998 a janeiro de 2000, para medição do comprimento de diversas partes do corpo do indivíduo: comprimentos total, zoológico, padrão, cabeça, tronco, focinho, diâmetro do olho e altura, e do peso total individual. O material de análise esteve constituído de 16.356 indivíduos de ambos os sexos, cuja distribuição foi formada por indivíduos jovens com freqüência superior a 50%. O comprimento do pargo apresentou uma amplitude de 13,0 a 103,0 cm, com valores médios de 45,72 cm CT e 47,8 cm CT, em 1999 e 2000 respectivamente. Todas as relações morfométricas lineares, tendo o comprimento total como variável independente, apresentaram isometria com elevado grau de aderência, enquanto a relação peso/comprimento apresentou alometria também com levado grau de aderência, estatisticamente comprovadas através do coeficiente de correlação Pearson. Na relação peso/comprimento foi constatada diferença estatisticamente significante entre os coeficientes angulares para as equações de machos e de fêmeas, permitindo que se conclua que machos e de fêmeas apresentam diferentes equações de regressão, sendo os machos mais pesados do que as fêmeas para o mesmo comprimento. Verificou-se um aumento do comprimento do pargo capturado entre os anos de 1999 e 2000, na região Norte do Brasil. Palavras-chave: estrutura de comprimento, pargo, Lutjanus purpureus, morfometria, região Norte.
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