Desde o início da humanidade, em várias culturas, o homem vem procurando soluções para explicar a morte e amenizar seu sofrimento através da ciência, mitos, religiões e filosofia. Nesse processo, as crianças podem apresentar sintomas distintos durante a elaboração do luto, como a culpa, o medo, a ansiedade, irritabilidade, angústia, sentimento de abandono, dentre várias outras ocorrências. O presente estudo trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, com abordagem qualitativa dos fatos. O processo de coleta de material se iniciou com a escolha e consulta às palavras chaves no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). Após a análise, foi feita uma busca nas bases de dados sciELO (Scientific Electronic Library Online), PubMed e Google Scholar com os seguintes descritores: crianças, luto, sentimentos e comunicação. Como principais resultados, observou-se um receio de não saber lidar com a reação das crianças ou, na tentativa de deter o sofrimento, é bem comum que os adultos tentem restringi-las de viver o luto, evitando o assunto por acreditarem também que as mesmas são novas demais para compreenderem a dimensão da morte. Entretanto, vários autores afirmam que pensar e agir de tal maneira é inútil, já que a morte faz parte de um processo definitivo. Impedir que a criança vivencie esse momento dentro do conforto e amparo familiar pode ser ainda mais prejudicial ao seu desenvolvimento. Conclui-se, por fim, que há necessidade de mudanças dentro do cenário familiar a favor do luto infantil, é importante que as crianças possam ser vistas e respeitadas como alguém passível de sofrer pela morte de um ente querido, e que com um olhar mais cauteloso, os adultos possam valorizar e cuidar dos sentimentos dessa criança, para que desse modo tal experiência seja vivenciada de maneira menos danosa possível.