RESUMOObjetivo: Descrever um novo método para identificar e quantificar os desvios rotacionais da fratura supracondiliana do úmero. Métodos: O estudo foi realizado usando modelos sintéticos de úmero, serrando-o perpendicular ao seu longo eixo, na região da fossa olecraniana, fixando-o com diferentes desvios rotacionais, e então uma radiografia das peças foi obtida. Foi realizada uma análise descritiva da sensibilidade e especificidade do método de visualização do "esporão metafisário" com o teste não paramétrico de Kruskal-Wallis. A análise de regressão linear foi utilizada para identificar uma relação entre tamanho do esporão e o grau de desvio rotacional da fratura. Resultados: A sensibilidade e a especificidade do método foram de 100% a partir de 15 graus de desvio rotacional e houve uma relação estatisticamente significante entre o tamanho do esporão e o grau do desvio rotacional. Conclusão: O método demonstrou ser de fácil aplicação, confiável e reprodutível neste trabalho.
Descritores -
INTRODUÇÃOAs fraturas do cotovelo correspondem cinco a 10% de todas as fraturas nas crianças (1) . Dentre estas, as fraturas supracondilianas do úmero são responsáveis por até 50 a 70% dos casos (2)(3)(4) , acometendo principalmente crianças na faixa etária entre cinco e sete anos de idade (5) . As lesões ocorrem predominantemente à esquerda, ou do lado não dominante (5-7) .O mecanismo de trauma mais comum é a queda com apoio do membro superior e o cotovelo em extensão completa, levando o olécrano a realizar um fulcro posterior na sua fossa, região de maior fragilidade, provocando uma fratura do tipo em extensão, isto é, com desvio posterior (8,9) . Este tipo de desvio representa cerca de 97% a 99% dos casos (5,8) .Vários métodos de tratamento têm sido descritos,Rev Bras Ortop. 2011;46(Suppl 4):45-50