Resumo Objetivo: Identificar o perfil clínico e sócio demográfico de longevos em uma unidade de terapia intensiva. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, realizado na UTI de um hospital privado de Salvador. Participaram os longevos admitidos entre janeiro de 2014 e dezembro de 2015, internados por um período igual ou superior a 24 horas. Os dados foram coletados nos prontuários eletrônicos dos pacientes. O instrumento de coleta foi construído a partir das informações contidas principalmente no histórico de enfermagem, para registro das variáveis sócio demográficas e clínicas. Os dados coletados foram digitados no programa Excel 2010 e analisados por meio de um Software estatístico. Para a comparação entre as variáveis foi utilizado o teste χ2 de Pearson. Os resultados são apresentados em tabelas e sua discussão respaldada em evidências sobre o tema. Resultados: Dos 252 longevos identificados, 64,3% eram do sexo feminino. 63,9% tiveram como procedência a unidade de emergência, fator estatisticamente significante se relacionado com a mortalidade, e 91,3% deles apresentavam comorbidades, destacando-se as doenças crônicas não transmissíveis, principalmente as afecções cardiovasculares (81,7%) e a diabetes mellitus (32,9%). As manifestações não infecciosas (84,5%) foram as principais causas de internação. Na admissão, 71,0% apresentavam-se hidratados, 65,1% eutróficos, 39,3% em ventilação espontânea ao ar ambiente, 57,5% com diurese espontânea e 77,0% com pele íntegra. O tempo de internação prevaleceu entre 11 e 20 dias (24,6%), com grande desfecho de óbito (51,6%). Conclusão: Mesmo em condições favoráveis na admissão, os longevos tiveram alta permanência na unidade e elevado percentual de óbito.