O Modelo Digital de Terreno (MDT) é um importante produto usado em geociências, mas sua extração em áreas florestais densas ainda é um desafio. Uma das grandes dificuldades na extração de um MDT via sensores remotos é em áreas florestais densas, pois nestas áreas as informações geradas ficam degradadas, já que as técnicas mais utilizadas só conseguem medir a elevação do dossel e não do terreno, limitando a cartografia em áreas como a Amazônia. A técnica mais adequada para extração de um MDT é o LiDAR (Light Detection And Ranging) aerotransportado, porém há limitações de prazo e custo para grandes áreas. As ondas de radar de Banda P têm uma grande capacidade de penetração através da vegetação densa, tornando-a uma ferramenta promissora para modelagem digital do terreno em áreas florestais. Essa técnica foi usada para a última atualização da cartografia do estado do Amapá (Brasil). Este artigo tem como objetivo avaliar a qualidade geral de um MDT produzido usando interferometria radar de Banda P aerotransportado em relação a dados LiDAR (usados como referência) em 4 regiões do estado do Amapá, utilizando vários critérios. Além da comparação visual que confirma a semelhança geral dos dois produtos, foi avaliada a diferença em termos de elevação e declividade, com um erro médio em sua elevação de -0,52 m, enquanto possui um desvio padrão e RMSE médio abaixo de 3 metros, com uma diferença na declividade de aproximadamente -4° e um desvio padrão e RMSE médio de 4,74° e 6,14°, respectivamente. Este estudo fornece uma estimativa da precisão do MDT radar de Banda P, tanto em termos de elevação quanto de declividade, que são variáveis essenciais para caracterizar as formas do relevo.