Resumo:OBJETIVO:identificar critérios clínicos utilizados por profissionais para liberação de alimentação via oral em pacientes hospitalizados que apresentam risco para disfagia.MÉTODOS:participaram do estudo 48 profissionais que atuam em dois hospitais gerais de uma cidade do interior do Paraná. Os dados foram coletados por meio da aplicação de um questionário.RESULTADOS:100% dos profissionais consideram o nível de consciência importante para a deglutição, apenas 52,2% vê a importância da presença de deglutição salivar antes que se inicie via oral. Destes, 95,8% elencam Acidente vascular cerebral e Traumatismo cranioencefálico como principais doenças relacionadas a disfagia, porém nenhum apontou a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica. Além disso, somente 47,9% reconhecem a importância da avaliação fonoaudiológica após extubação orotraqueal independente do motivo da intubação ou patologia de base. E, 45,8% considera necessária oclusão do orifício da traqueostomia no momento da oferta alimentar, mostrando que não fazem a relação entre fisiologia da deglutição e uso da traqueostomia. Sobre alimentar um paciente com cânula plástica e balonete insuflado, 52,1% dos profissionais consideram ser possível e 47,9% dizem que não. Observa-se que 77,1% dos profissionais considera que a retirada da traqueostomia melhora e facilita o processo de deglutição, sendo este um percentual estatisticamente significante.CONCLUSÃO:há um conhecimento regular dos profissionais sobre o manejo das disfagias em âmbito hospitalar. Verifica-se a necessidade de um programa de formação continuada a equipe para melhoria do atendimento de pacientes disfágicos.