Este estudo relata a estruturação de um método de representação utilizado em um contexto de investigação em arquitetura, especificamente envolvendo a produção em um laboratório de fabricação digital. O método Adição Gradual da Informação - AGI, está dirigido à produção de modelos táteis para apoiar ações culturais inclusivas relativas a um conjunto arquitetônico de interesse histórico e patrimonial da cidade de Pelotas. A partir da teoria da escalada da abstração, de Vilém Flusser, este método é problematizado, observando-se a lógica de associar a variável dimensional das representações envolvidas com os níveis abstracionais exigidos para produzi-las e compreendê-las como meios de comunicação. A dinâmica de estruturação do método, apoiada em processos de co-design, entre universidade e sociedade, atribui sentidos ao uso dos modelos e ao potencial das tecnologias digitais empregadas, promovendo a continuidade na produção e ampliação das narrativas táteis sobre o patrimônio pelotense.