“…Analisando a literatura relativa à criatividade no ensino, a sua definição aparece ligada a determinados traços ou características de personalidade do professor, como na descrição de Torrance e Safter (1990), ou de Cropley (1992); a comportamentos (Alencar, 1994;Walberg, 1991); ou, em especial, a determinadas técnicas, métodos de ensino, formas de gestão da sala de aula, ou características do ambiente favorecedor da criatividade, como nas descrições de Bozik (1990), Isaksen, Dorval e Treffinger (1993), Torrance, Murdock e Fletcher (1996), ou Ambrose (2005), em tal profusão e complexidade de possibilidades que a designação acaba por perder o seu valor heurístico como constructo teórico. O ensino criativo confunde-se, assim, com o ensino eficaz, nos aspetos relativos à tarefa do professor, em que as descrições das características do professor e das formas de gestão da sala de aula aparecem como semelhantes na literatura relativa a ambos os tipos de ensino como, por exemplo, em Mackinnon (1978), Sundre (1990), ou Grasha (1990), perseguindo ambas -criatividade e eficácia-a imagem do professor ideal.…”