Resumo: A necessidade da aplicação dos conhecimentos em ética e bioética, na prática em saúde é cada vez mais emergente, dadas às transformações socioculturais que expõem o trabalhador a problemas éticos de complexidades imensuráveis. Na contramão desta demanda, as formações em saúde precarizam na quantidade e na qualidade do ensino destas temáticas. No sentido de contribuir com a problematização do ensino, esta pesquisa propôs estabelecer o perfil acadêmico e a produtividade científica dos docentes que ministram disciplinas de Ética e Bioética nas graduações de Fonoaudiologia no Rio Grande do Sul (RS), discutindo a inserção desses profissionais nas áreas ministradas. Para isso, se configurou em uma análise documental, descritiva exploratória e de caráter quali-quantitativo, usando como base de dados o conjunto de currículos disponíveis na Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O estudo aponta, entre outros achados, que apenas quatro docentes são Fonoaudiólogos, demonstrou um importante distanciamento entre a atuação dos docentes e suas produções acadêmicas e científicas, com as áreas que ministram, além de evidenciar que a maioria dos docentes não possui em seus currículos nenhum indicador relacionado a ética e bioética. Propõe uma discussão a partir dos temas publicados nos artigos científicos: formação em Medicina; comunicação entre Médico e paciente; ensino da ética para a Medicina; confiança, autonomia e bioética. Percebe-se a urgência do debate sobre a formação, visando ampliar essa discussão, visto que, fica mais do que claro, que o ensino da ética e da bioética na Fonoaudiologia carece de atenção.
Palavras-chave: Ensino. Ética. Bioética. Fonoaudiologia.