Este artigo aborda o papel fundacional do colonialismo na arqueologia histórica. Seus objetivos são traçar os caminhos pelos quais o colonialismo tem estruturado as pesquisas e terminologias, tratar sobre as formas como tem sido abordado e negligenciado pela(o)s arqueóloga(o)s históricos, bem como refletir sobre a variedade de conceitos utilizados nesses estudos: contato cultural, colonialismo, pós-colonialismo, resistência, hibridismo, emaranhamento, persistência, sobrevivência e etnogênese. Nesse sentido, o presente trabalho não só avalia os avanços analíticos e as limitações teóricas com respeito ao principal problema de pesquisa da arqueologia histórica do colonialismo – os povos indígenas –, mas também identifica diversas lacunas no que diz respeito às conexões mais que necessárias com a Diáspora Africana e os próprios colonizadores.