Tecnologias Educacionais Na Educação De Jovens E Adultos Em Escolas Na Amazônia: Potencializando as Práticas Docentes

Abstract

O educador aprende quando se sente "tocado", quando encontra espaço para que sua experiência se converta em fonte de saber. (HERNANDES E SANCHO, 2006). RESUMOO relato de experiência sobre formação de professores para o uso de tecnologias educacionais na Educação de Jovens e Adultos foi desenvolvido no âmbito do projeto de extensão intitulado "Tecnologias em escolas do campo: instrumentalização de professores de escolas ribeirinhas de Cametá para uso de tecnologias educacionais", vinculado ao Programa de Apoio a Projetos de Intervenção Metodológica (PAPIM), vinculado a Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Pará. A Oficina com os professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos -EJA, 4ª Etapa, da Escola Municipalizada de Ensino Fundamental Izabel Fernandes dos Santos buscou refletir sobre suas práticas, na tentativa de redimensioná-las através do uso pedagógico das tecnologias educacionais. A atividade possibilitou verificar que o uso das tecnologias como recurso didático apresenta possibilidade de transformar as práticas pedagógicas dos professores, porém, ainda faltam estruturas nas escolas e formação para que os docentes as utilizem de forma criativa em suas aulas.Palavras-chave: Formação de professor; tecnologias educacionais; educação de jovens e adultos. ABSTRACTThe experience report about educational technologies for youth and adult education in teacher education derives from the outreach project "Technology in schools: an instrument for teachers of schools located near the riverside of Cametá" which is linked to the assistance program for methodological intervention -PAPIM (Brazilian abbreviation), supported by the Office of Outreach Affairs of Federal University of Pará (UFPA). The workshop was carried out at the elementary school Izabel Fernandes dos Santos for the teachers responsible for youth and adult education -EJA (Brazilian abbreviation). It sought to reflect

Tecnologia educacional e inclusão social na Educação de Jovens e Adultos (EJA)

“…Urge uma reestruturação da EJA, com consideráveis alterações em seus objetivos, na metodologia de trabalho, nos conteúdos abordados e no tipo de avaliação a ser realizada, ofertando uma educação de qualidade para todos, na perspectiva de se educar na e para diversidade. (NASCIMENTO et al, 2015) O uso das tecnologias da informação e comunicação como aliadas no processo de ensino e Civicae v.3 -n.1  Out 2020 a Mar 2021 aprendizagem na educação de jovens e adultos vêm sendo demonstrado em várias pesquisas (AMPARO et al, 2015;VIEIRA, 2016;SILVA et al, 2016;OLIVEIRA, 2016;SANTOS et al, 2017;GOMES et al, 2017), as TICs têm um papel fundamental como recurso didático, pois através delas é possível transformar as práticas pedagógicas dos professores, no entanto as pesquisas revelam que ainda faltam estruturas adequadas às escolas, além da carência de políticas públicas voltadas para incentivar e desenvolver habilidades e competências dos docentes para utilização dessas tecnologias de forma eficaz no processo de ensino e aprendizagem.…”

“…Portanto, se faz necessário qualificar os professores, uma vez que o processo educativo na educação de jovens e adultos precisa contribuir para o resgate da cidadania e dignidade de alunos e professores. Gomes et al (2017)…”

“…As reflexões acerca da importância e do papel que as tecnologias da informação e comunicação representam em nossas vidas possibilitaram concluir que as tecnologias devem ser utilizadas a favor da transformação social, criando, assim, laços de solidariedade e propiciando o trabalho coletivo. (GOMES et al, 2017) Pode-se inferir que na atualidade as TICs são ferramentas indispensáveis na vida da maioria das pessoas, assim, seu acesso e utilização na Educação de Jovens e Adultos proporciona aos alunos que procuram esta modalidade de ensino acesso à informação, aos conhecimentos, permitindo ao mesmo desenvolver habilidades e competências para leitura, escrita, compreensão e interpretação, promovendo tanto autonomia como perspectivas de possibilidades, considerando as várias dimensões do processo educativo, como os aspectos sociais, culturais e do mundo do trabalho. No entanto, ainda se observa diversos obstáculos para que ocorra de fato a inclusão destas tecnologias da informação e comunicação, bem como seu acesso ao público que procura a Educação de Jovens e Adultos, a literatura sobre o uso das TICs na EJA, indica que muito ainda precisa ser feito, principalmente no que diz respeito à formação inicial e continuada dos professores, começando por desmistificar as ferramentas tecnológicas como instrumentos capazes de sozinhos alfabetizar e incluir digitalmente os alunos, existe a necessidade de capacitar os profissionais na sua formação inicial, desde a inclusão de disciplinas ou em conteúdo que analisem e reflitam sobre o público alvo da EJA, procurando abordar estratégias pedagógicas que contemple no fazer diário as peculiaridades e diversidades deste discentes possibilitando aos mesmos a autonomia social.…”

“…Não podemos deixar de salientar a descontinuidade dos vários programas criados para alfabetização de jovens e adultos, programa esses marcados fortemente por campanhas políticas e concepções capitalistas (VENTURA et al, 2015;GOMES et al, 2017). Em sua pesquisa Silva et al (2017), analisando o programa nacional de integração da educação básica a educação profissional na modalidade da EJA focalizando a perspectiva da inclusão com base na efetivação do currículo sinalizam que existe um distanciamento entre o que está escrito no documento base do PROEJA do que o que acontece na realidade prática, sendo indispensável o diálogo e as discussões para a efetivação do Proeja, principalmente na promoção da inclusão de jovens e adultos trabalhadores.…”