Costumo dizer: se estivessem vivos hoje e fossem incluídos ciberculturais, Paulo Freire, Vygotsky, Freinet, Dewey e Anísio Teixeira saberiam tomar a Web 2.0 ou a internet social e suas redes sociais como aliados capazes de materializar a ação comunicacional da educação autêntica, presencial e online, feita de conectividade, autoria, compartilhamento, colaboração, dialogia e interatividade. Sim! Essas referências internacionais em educação realizaram suas docências e pesquisas acadêmicas no cenário midiático de que dispunham-imprensa, rádio e TV-, em que prevaleceu o paradigma unidirecional determinando a interação emissor-receptor. Porém, em seus livros, concebem a pedagogia como prática potencializadora da autonomia, diversidade, interação, dialógica e democracia em sala de aula. Essa percepção da educação coexistiu desconfortável com o modus operandi das tecnologias de informação que eles conheceram, ainda que tenham lançado mão delas para divulgação de conteúdos e promover estratégias de aprendizagem como assistir a um filme, ler um texto e ouvir um áudio. Se estivessem vivos e atentos ao cenário comunicacional da cibercultura ou da cultura digital, Freire, Vygotsky, Freinet, Dewey e Teixeira se sentiriam muito à vontade para fazer uso do smartphone, do tablet e do laptop como aliados em sala de aula. Saberiam 26 PREFÁCIO forjada no cenário analógico desfavorável e a atualidade digital pujante com forte adesão social. Essa confluência é histórica e nos faz ver que temos uma situação de vantagem quando estão disponíveis as condições de fazer algo em favor da formação de professores e da educação em nosso tempo. GESTÃO EM REDE NA PRIMAVERA SECUNDARISTA Andrea Lapa-UFSC Gilka Girardello-UFSC Rede. Nós construímos juntos uma rede com barbante. De repente tínhamos uma Teia pronta.