Este artigo trata sobre o conceito das tectônicas aplicadas como um processo de projeto e a sua relação com as transformações instrumentais que passam a serem inseridas com a adoção de tecnologias emergentes. Esses deslocamentos de técnica e prática geram diferentes camadas de informação, e permitem assim uma maior interação entre os diversos agentes envolvidos nos processos decisórios de projeto. A relevância da tectônica tanto no campo teórico quanto no metodológico é a de propor uma forma de se discutir o ambiente construído em que o seu uso, estrutura e experiência estão diretamente relacionadas à sua materialização. O artigo conta o relato de um caso prático da construção de um experimento realizado em um workshop com estudantes de arquitetura e engenharia, que fez uso de técnicas como desenho paramétrico, simulações e fabricação digital, pertinentes a lógica contemporânea de tectônica. Os resultados visam contribuir para a discussão de algumas das questões, obstáculos e possibilidades que estão associados a essa retomada do conceito tectônico, sob a ótica das possíveis implicações do uso progressivo de ferramentas digitais e de que forma estas podem promover uma maior relação dialógica no projeto.