Tendência Da Mortalidade Por Câncer De Estômago Em Salvador E No Estado Da Bahia, Brasil, De 1980 a 2007

Abstract

O câncer de estômago é uma das neoplasias mais frequentes no Brasil, figurando, na Bahia, como a primeira causa de morte por câncer durante as últimas décadas. O objetivo deste trabalho é descrever a tendência da taxa de mortalidade por câncer de estômago no estado da Bahia e na cidade de Salvador, de 1980 a 2007. Trata-se de estudo de agregados cujos dados sobre os óbitos e sobre a população foram obtidos no SIM/Datasus e no IBGE/Datasus, respectivamente. Para a análise da tendência temporal utilizou-se a regressão de Poisson, com avaliação de superdispersão. Os resultados representam redução ou incremento percentual médio anual, ajustadas pelo número de óbitos por causa mal definida. Em Salvador, observa-se uma tendência geral de queda nas taxas padronizadas de mortalidade por câncer gástrico de 2,31% entre os homens e de 2,58% entre as mulheres. Já no estado da Bahia, observa-se uma leve tendência crescente, tendo os homens um aumento de 0,45% e as mulheres de 0,05%. Conclui-se que as estratégias para a prevenção do câncer de estômago devem incluir melhorias no saneamento básico, mudanças no estilo de vida da população e modificação do consumo alimentar (melhores métodos de conservação dos alimentos). A ação governamental deve incluir uma política que viabilize o acesso à energia elétrica e facilite a aquisição de refrigeradores, além do fomento de programas de educação para a saúde voltados para a prevenção primária.

Tendência e mortalidade proporcional por câncer de estômago no Centro-Sul de Mato Grosso, Brasil (2010 - 2019)

“…Na Paraíba foi identificado uma variação percentual média anual de 2,94% de acréscimo no número de óbitos em homens por câncer de estômago, provavelmente em razão do diagnóstico tardio da doença entre outros fatores (Silva, 2018). Contraditoriamente, em Salvador, observou uma tendência geral de queda nas taxas de mortalidade de 2,31% entre homens e de 2,58% entre as mulheres (Vasconcelos Rêgo et al, 2012). Outros autores também identificaram tendência de redução para ambos os sexos nas taxas de mortalidade por câncer gástrico em outras localidades, além de atribuírem esse fato as melhorias de saneamento básico, mudança nos padrões de conservação de alimentos e melhorias nutricionais por parte dos pacientes (Araújo et al, 2021;Chiuchetta & Magajewski, 2020;Fonseca et al, 2010;Lacerda et al, 2014).…”

Análise epidemiológica de mortes por Câncer de Estômago no Brasil (2009-2019)

“…(TORRE et al,. 2016;RÊGO et al, 2011;RAMOS et al, 2020;MCLEAN;EL- OMAR, 2014).Mesmo que sua prevalência esteja decaindo em virtude de fatores de saúde como o saneamento básico assim como também melhores hábitos de vida, o câncer de estômago, no entanto, continua com altos índices. Para pacientes com câncer de estômago do tipo grave a taxa de sobrevivência estimada de cinco anos ainda é considerada muito baixa.…”