Introdução: Dentre os modelos experimentais, o uso de agulha de biópsia mostrou ser eficaz para reproduzir as lesões em atletas. Objetivo: Avaliar a força de preensão, a nocicepção e as alterações morfológicas do músculo gastrocnêmio de animais submetidos à lesão muscular. Métodos: Foram utilizados seis ratos Wistar. A lesão foi realizada na junção miotendínea do músculo gastrocnêmio direito, utilizando agulha de biópsia. Para avaliação funcional utilizou-se o teste de força de preensão e avaliação nociceptiva em três momentos: 24 horas antes da lesão (AV1); no segundo dia pós-lesão (AV2) e no sexto dia pós-lesão (AV3). Ao final do experimento o músculo foi retirado para análise morfológica. Resultados: Houve redução da força de preensão entre AV1 e AV2 (p=0,0031). Para a nocicepção os valores de AV2 (p<0,001) e AV3 (p=0,0109) foram maiores que AV1. Na região das fibras musculares observou-se desarranjo do padrão fascicular, aumento do calibre de vasos sanguíneos, da quantidade de tecido conjuntivo, de fibroblastos e de células inflamatórias. Conclusão: A lesão muscular por agulha de biópsia provocou redução da força de preensão e da nocicepção do membro lesado, como também evidenciou as etapas características do processo de degeneração muscular e início do processo de regeneração.Palavras-chave: força, nociceptividade, músculo esquelético, biópsia por agulha.