“…Aumenta a necessidade de maior participação popular nas decisões políticas, e a partir dos anos 1960 e 1970 cresce a ideia de que os cidadãos são capazes de compreender e podem se interessar pelo processo político, podem aprender com a participação na tomada de decisões, a discernir entre seus impulsos e desejos particulares e seu papel de cidadão público. Na década de 1990, passa-se a considerar a democracia mais por seu caráter deliberativo, valorizando o pluralismo cultural e social, seus conflitos e processos comunicativos para mudar os espaços da democracia, do Estado para a sociedade, para a relação discursiva entre representantes e representados (MONTEIRO; MOURA; LACERDA, 2015). Isso implica a necessidade de uma postura ativa dos cidadãos, construindo uma política humanitária, suprapartidária, comprometida com os problemas globais, considerando a complexidade das situações, pensamentos amplos ao invés dos fragmentados, reconhecimento do que há de melhor nas diversas culturas e regiões, desenvolvimento da solidariedade (MORIN, 2013).…”