Nos últimos anos, a Terapia Supervisionada (TS) tornou-se protagonista no monitoramento e cuidado ao acometido pela Tuberculose na Atenção Primária a Saúde brasileira. Diante disso, procurou-se avaliar os benefícios, limitações, e atribuições dos grupos sociais envolvidos através de um estudo qualitativo e descritivo pautado numa revisão integrativa. A partir da consulta às plataformas MEDLINE, LILACS, e SCIELO, com os descritores DECS “Tuberculose”, “Brasil”, e“Terapia Diretamente Observada”, selecionou-se estudos baseados na aplicação de critérios de inclusão e de exclusão, seguida da categorização dos achados. Como resultados, destacaram-se na literatura consultada: i) em termos de benefícios, a contribuição da TS à reabilitação das pessoas, devido a fatores, como: maior adesão ao tratamento, maior satisfação com o cuidado recebido, boa aplicabilidade para grupos vulneráveis, e redução de desfechos desfavoráveis; ii)quanto ao papel dos grupos sociais, o envolvimento dosfamiliares, enfermeiros e agentes comunitários de saúde é indispensável; iii) em termos de limitações, indicaram-se o enfraquecimento na presença de disputas políticas, questões organizacionais e operacionais. No Brasil, a TS é, então, considerada bem sucedida na produção do cuidado voltado para a Tuberculose por propiciar o vínculo profissional-usuário, integrar a atenção individualizada com a coletiva, bem como favorecer ações de educação em saúde.