Este artigo tem como objetivo revisar por meio da literatura aspectos importantes da Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de Bisfosfonatos (OMAB) com ênfase em seus tratamentos. A revisão se deu através de dezesseis artigos pesquisados na base de dados LILACS, PubMed e Google acadêmico do ano de 2003 a 2021 com os termos “osteonecrose associada aos bisfosfonatos”, “bisfosfonatos” e “terapia”. A OMAB foi diagnosticada pela primeira vez em 2003 e é descrita atualmente como “presença de osso exposto (que pode ser sondado por fístula intra ou extra-oral) na região maxilofacial, que persiste por mais de 8 semanas, em pacientes sem história de radioterapia de cabeça e pescoço com tratamento atual ou prévio com bisfosfonatos”. Estes são reguladores fisiológicos da calcificação e reabsorção óssea e são usados no tratamento de doenças como osteoporose, doença de Paget, mieloma múltiplo e metástases ósseas de tumores malignos. A etiopatogenia da OMAB ainda não é definida, no entanto a compreensão da droga, de alguns fatores de risco local e sistêmico ajudam a compreender seu desenvolvimento. Com intuito de orientar quanto às terapias conservadora e cirúrgica, a AAOMS definiu um sistema de estadiamento da doença, no entanto ainda não há um padrão ouro, portanto terapias adjuvantes são estudadas objetivando melhorar e acelerar os resultados. Conclui-se assim, que a prevenção ainda é essencial para diminuir a morbidade, aumentar as chances de sucesso e qualidade de vida nestes casos, sendo imprescindível para tanto, a conscientização da patologia e trabalho multidisciplinar entre cirurgião dentista, equipe médica e de enfermagem, cabendo aos mesmo orientar sobre os riscos, a higiene oral, tratamentos e fazer o acompanhamento destes casos, além de motivar paciente para estas finalidades.