“…No campo de ação do CnaR, a Terapia Ocupacional alinha seu olhar para o fazer humano em um processo mediado pela escuta qualificada e pela significação dos encontros, baseando o cuidado junto à pessoa em condição de rua no entendimento sobre seus desejos, motivações e expectativas, de modo a alinhar um cuidado em saúde corresponsabilizado, trabalhando o cotidiano a partir de suas potencialidades e vulnerabilidades, e buscando a (re)construção e (re)organização deste e de projetos de vida, e a criação, ampliação e fortalecimento das redes autônomas funcionais e relacionais (Prodocimo et al, 2018;Silva et al, 2017;Oliveira & Costa, 2015). Research, Society and Development, v. 11, n. 14, e436111436416, 2022 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36416 13 Neste campo, a Terapia Ocupacional age enquanto interventora no território, atuando in loco nos espaços de vida das pessoas e grupos, incorporando no seu bojo de ações, atribuições de competências gerais e específicas atreladas ao desenvolvimento de grupos, oficinas; ações de promoção, prevenção e tratamento à saúde; procedimentos técnicos específicos; entrega de materiais e insumos para autocuidado; ações de educação em saúde, territoriais e em locais de permanência; apoio matricial; encaminhamentos para exames e consultas; visitas institucionais; e, desenvolvimento de projetos integrados para enfrentamento de preconceitos e reconhecimento de direitos da PSR (Alves et al, 2021;Timoteo et al, 2020;Françoso et al, 2020;Souza et al, 2020;Cabral & Bragalda, 2017;Malfitano & Bianchi, 2013).…”