“…Ne sse sentido, mesmo não notando forte a presença do Estado e de organizações políticas, novamente percebemos relação -neste caso, de dependência (Ribeirinhos 1 e 2) -com a ONG na Vila do Amolar, que é a "proprietária" do Centro de Processamento de Mel.Como colocado, o território pode ser analisado a partir das relações de poder e das ligações entre os atores sociais com o seu espaço (SOUZA;PEDON, 2007).Observamos que as comunidades ribeirinhas "conversam" agentes externos (agência de turismo e ONG), mas também pudemos ver relações de poder e conflitos entre as comunidades com apontamentos sobre a qualidade do mel produzido por uma ou por outra.Os indivíduos, as gentes pantaneiras (RIBEIRO, 2014), são protagonistas nesta pesquisa com suas vivências, experiências e saberes na produção de mel. Assim, cada comunidade ribeirinha com a sua particularidade, com a sua história e com suas dinâmicas produzem territorialidades em torno do mel -produção, comercialização, diárias do homem no meio ambiente(FERREIRA, 2014), envolvendo a degradação e preservação ambiental(SAQUET, 2015). A temática ambiental aparece nas falas dos ribeirinhos, por alguns como um discurso muito superficial -senso comum, por outros, com algo muito bem elaborado.Ainda sobre esse ponto -o ambiental e a fala muito bem elaboradarelembramos da bravura das abelhas e da análise simples, mas muito bem construída, da mata foi perdida e muitos animais morreram -incluindo as abelhas.…”