2017
DOI: 10.24857/rgsa.v0i0.1382
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Territórios Da Cozinha Sob a Ótica De Empregadas Domésticas

Abstract: RESUMOAs cozinhas domésticas recentemente têm sido ressignificadas, em razão de aspectos arquitetônicos e midiáticos que lhes destinam a função de espetacularização da preparação de alimentos, silenciando sobre diversas dimensões associadas ao cozinhar. Para problematizar este quadro, o objetivo aqui é identificar e analisar os territórios da cozinha sob a ótica de empregadas domésticas, o que foi feito por meio do método indutivo com base em um estudo qualitativo de caráter descritivo, no qual foi usada a fot… Show more

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“…As práticas culinárias cotidianas já foram objeto de análise nos EOB a partir de outros enfoques teóricos (Ipiranga et al, 2016;L. C. Soares & Bispo, 2017;Pena & Saraiva, 2017), mas em nosso estudo destacamos que, hegemonicamente, as práticas culinárias estão inseridas no cotidiano de duas maneiras: como elemento primordial e como o mais desprezível (Giard, 2002), algo ainda mais evidente em uma sociedade forjada no patriarcado, na escravização e no colonialismo, como a brasileira. Isso porque, como abordamos na introdução, são práticas por um lado significadas como primordiais, pela exaltação do papel de nutrir o outro; entretanto, por outro lado, percebidas como desprezíveis atividades de cuidado tidas muitas vezes como monótonas, repetitivas e desinteressantes (Giard, 2002), não por acaso, práticas frequentemente generificadas e racializadas.…”
Section: "Tudo Em Volta Da Mesa": O Organizar Das Práticas Culinárias...unclassified
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“…As práticas culinárias cotidianas já foram objeto de análise nos EOB a partir de outros enfoques teóricos (Ipiranga et al, 2016;L. C. Soares & Bispo, 2017;Pena & Saraiva, 2017), mas em nosso estudo destacamos que, hegemonicamente, as práticas culinárias estão inseridas no cotidiano de duas maneiras: como elemento primordial e como o mais desprezível (Giard, 2002), algo ainda mais evidente em uma sociedade forjada no patriarcado, na escravização e no colonialismo, como a brasileira. Isso porque, como abordamos na introdução, são práticas por um lado significadas como primordiais, pela exaltação do papel de nutrir o outro; entretanto, por outro lado, percebidas como desprezíveis atividades de cuidado tidas muitas vezes como monótonas, repetitivas e desinteressantes (Giard, 2002), não por acaso, práticas frequentemente generificadas e racializadas.…”
Section: "Tudo Em Volta Da Mesa": O Organizar Das Práticas Culinárias...unclassified
“…O relato de Carolina desperta atenção para a elitização da gastronomia e para as formas segundo as quais o cozinhar é culturalizado como uma prática de prestígio ou não. Aqui, é importante salientar os processos de hierarquização alimentar em suas relações com hierarquias sociais (Giard, 2002), que no caso desse estudo se conecta a partir das construções sociais de gênero e raça, algo que é reforçado por imaginários sociais que distanciam pessoas negras, por exemplo, da figura do chef de cozinha (Pena & Saraiva, 2017).…”
Section: Floresta -Vitóriaunclassified
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“…De forma complementar, cabe salientar que nos estudos de Pena e Saraiva (2017), o espaço da cozinha analisado sob a ótica territorial, possibilita compreender a existência de elementos que caracterizam territorialidades. Dessa forma, como resultados, os aspectos de territorialidade são descritos pela configuração de dois grupos: um, em que a cozinha é caracterizada pelo simbolismo de práticas afetivas, refletindo sentimentos de pertencimento e, ao mesmo tempo, sendo um território de angústias e tristezas pela perda da essência da cozinha enquanto lugar que reluz características passadas; e outro grupo que assume a cozinha enquanto mecanismo de autopromoção, identificadas pelo desejo de posse das cozinhas, e pelas diferenças de territórios presentes na constituição desses espaços (cozinha moderna, cozinha bem montada e cozinha como vitrine).…”
Section: Estudos Do Território Em Festas Populares E Festas Religiosas Brasileirasunclassified