Territórios em disputa: desafios da lógica espacial zonal na luta política

Haesbaert, Rogério

doi:10.14393/rct91827063

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“…Territórios, para nós, portanto, estão "em disputa" tanto no sentido político mais concreto quanto no nível conceitual [...] essa disputa em nível conceitual, sobre diferentes concepções de território, tem rebatimento em práticas concretasaté porque o conceito, no nosso entendimento, não é um simples "revelador" do real, mas também um "transformador" (HAESBAERT, 2014, p. 2) Este capítulo tem como objetivo trazer o enfoque geográfico para a discussão de territórios (HAESBAERT, 2014;PEDON, 2013), em diálogo interdisciplinar (ALMEIDA, 2008;COELHO, 2002;SANTOS, A, 2014), de forma a situar e justificar teórica e conceitualmente o conceito de "Territórios Tradicionais" que será utilizado ao longo da pesquisa. Como argumenta Haesbaert (2014), as disputas no nível conceitual produzem efeitos concretos e, dessa forma, se mostra fundamental situar o conceito aqui utilizado. Pedon (2013, p. 231.…”

Section: Os Territórios Tradicionaisunclassified

“…Essa "lógica zonal de organização do espaço", como também aborda Haesbaert (2014), produzem diversos efeitos que precisam ser discutidos, especialmente no contexto da América Latina com históricas disputas territoriais. A concepção do próprio Estado nação como o "grande território -zona do mundo moderno, o mais conhecido de todos e o mais universalizado" (HAESBAERT, 2014, p. 8) confronta com os diferentes processos de territorialização presentes no Brasil (ALMEIDA, 2008).…”

Section: Os Territórios Tradicionaisunclassified

“…Pedon (2013, p. 224) (2008, p. 73) e Dedini e Ramos (2017, p. 12) É importante destacar que a construção do quadro e sua posterior análise por meio das categorias classificatórias se justifica como forma de ilustrar a diversidade de formas de apropriação territorial e os desafios de atuação governamental. Contudo, conforme Almeida (2002;2008), Souza (2015), Arruti (1997) e Haesbaert (2014), enfatiza-se a complexidade dos processos de construção dessas identidades coletivas e os efeitos nos respectivos territórios.…”

Section: Reconhecimento Jurídico-formalunclassified

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Conflitos da [e na] governança do saneamento básico

Ramos Monteiro Silva

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O presente trabalho foi realizado com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo nº 130733/2019-9.Esse trabalho é fruto de muitos encontros. Encontros nos quais tive a oportunidade de ter ao longo da graduação, do estágio, e do mestrado. Vou nomear alguns, mas não significa que aqueles não apresentados aqui tiveram menos importância.No âmbito da minha formação em engenharia ambiental, da onde eu vim e construí as bases para essa pesquisa, agradeço aos meus colegas do Grupo de Estudos e Intervenções Socioambientais (GEISA), em nome da minha grande amiga Taísa Baldassa, pelos 5 anos de discussões, práticas e construção coletiva. Nesse sentido, agradeço ao professor Marcel Fantin, por todo o apoio institucional ao grupo, assim como pela orientação da minha pesquisa de iniciação científica e trabalho de conclusão de curso. Não poderia deixar de agradecer também minha parceira de TCC, Julia Dedini, pelas muitas conversas que hoje se materializam nas perguntas da presente pesquisa.No contexto do Departamento de Política Científica e Tecnológica (DPCT), inicio os agradecimentos à minha querida orientadora, Rosana Corazza, por todo apoio desde o meu primeiro dia no mestrado. Com um olhar cuidadoso e interessado, a professora Rosana recebeu minha ideia de pesquisa de braços abertos e não mediu esforços para construirmos um trabalho com muita responsabilidade, à altura do que o tema nos pede. Mesmo diante da pandemia, com todos os obstáculos colocados em termos de metodologia e sobrecarga de trabalho, a Rô esteve disposta a fazer revisões impecáveis do texto, sempre me incentivando a melhorar. Se hoje saio uma pesquisadora melhor do que entrei, devo muito a professora Rosana.Aos colegas do Laboratório de Tecnologias e Transformações Sociais (LABTTS), em nome da professora Leda Gitahy e da Carla Águas, agradeço por todo apoio e amizade. À professora Leda, em especial, agradeço pela parceria intensa no primeiro semestre de 2020, onde trabalhamos com as redes de solidariedade e discutimos questões fundamentais presentes na dissertação. Aproveito para agradecer também aos colegas da Universidade Federal do Pará (UFPA), participantes do projeto "Ciência e Arte: Povos da Amazônia": Val, Marcos, Mateus, Danny, e Breno, pela oportunidade das trocas.Ainda no âmbito do DPCT, um agradecimento especial aos professores da disciplina de Antropologia da Ciência e Tecnologia: Marko Monteiro, Érica Renata e Marisol Marini. Nos movimentos de adaptação frente à pandemia, os professores nos guiaram com maestria ao longo de temas tão complexos. À Marisol, agradeço pela leitura cuidadosa e participação na minha banca de qualificação, e pelo incentivo de continuar explorando as fronteiras das disciplinas. Nesse sentido, agradeço também ao Leonardo Freitas, pela participação na qualificação, e apontamentos que incorporei no texto final.Os últimos agradecimentos vão para os meus pais, Claudia Ramos e Cicero Silva, por todos os ensinamentos ao longo da vida. Muito antes de conhecer o debate da extensão u...

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Section: Os Territórios Tradicionaisunclassified

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Conflitos da [e na] governança do saneamento básico

Ramos Monteiro Silva

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La carte n’est pas le territoirePourquoi et à quelle fin penser et s’approprier le territoire par la cartographie ?

Almeida

2024

america

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Il est difficile de dissocier une représentation de la réalité, d’autant plus que cette représentation est historiquement un instrument de pouvoir, de manière directe ou indirecte. Il faut préciser que la carte n’est pas le territoire, ni la réalité. Le territoire n’est pas neutre, il n’est pas non plus vide, il est avant tout la relation entre les sujets qui l’habitent et le pensent. Lorsque le territoire est pensé au moyen de la cartographie et à partir de l’évolution de ses techniques, une certaine organisation de l’espace s’impose et, avec elle, des stratégies de domination (Brunet, 1980). La cartographie, en tant qu’instrument de connaissance et de pouvoir, est capable de créer un imaginaire sur un certain territoire. C’est précisément sur ce pouvoir des cartes sur le territoire que se fonde le présent article. À partir de l’analyse des représentations territoriales de plateformes telles que Google Maps, la carte en tant qu’instrument de pouvoir est mise en question : pourquoi certains territoires ne sont-ils pas représentés et d’autres sont-ils « sur-représentés » ? De la non-représentation dans ces plateformes de territoires dits en litige, on conclut que, bien qu’elle ne soit pas le territoire, la carte a une grande influence sur celui-ci, ou du moins sur son imaginaire1.

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Territórios em disputa: desafios da lógica espacial zonal na luta política

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