“…Este benefício robusto e reprodutível está associado a um efeito hepatoprotetor do café (Heath et al, 2017), resultando numa diminuição da incidência de fígado gorduroso, fibrose hepática, cirrose e desenvolvimento de hepatocarcinomas em consumidores regulares de café (F. Liu et al, 2015;Marventano et al, 2016;Saab et al, 2014;Wijarnpreecha et al, 2017), em particular em doentes com hepatite C (Jaruvongvanich et al, 2017;Machado et al, 2014;Wijarnpreecha et al, 2017). Embora os mecanismos moleculares relacionados a esta hepatoproteção ainda não estejam explicados, provavelmente resultam de um efeito combinado de diferentes constituintes do café, especialmente das propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias dos ácidos clorogênicos (Liang & Kitts, 2015;Naveed & Kubiliun, 2018;Tajik et al, 2017), e os efeitos da cafeína na fibrose, angiogênese e inflamação hepática (Alferink et al, 2018;Vaughn et al, 2012), eventualmente complementados pelo impacto benéfico do café no microbioma (Dai et al, 2023;Jaquet et al, 2009;Nehlig, 2022) e na atenuação da inflamação sistêmica (Agudelo-Ochoa et al, 2016;Martini et al, 2016;Zampelas et al, 2004).…”