A estruturação da prática motora é uma variável de aprendizagem muito estudada na área de Controle Motor e Aprendizagem, sendo, neste âmbito, o efeito de Interferência Contextual um dos pressupostos teóricos mais investigados (TANI, 2005). Tendo como suporte a hipótese de PORTER e MAGILL (2004, 2005), o objetivo deste estudo foi verificar se o grupo com prática num contínuo de níveis Interferência Contextual alcançava melhores resultados na aprendizagem do "putt", do golfe, comparativamente com os grupos de prática por blocos, em séries e aleatória. Participaram voluntariamente 48 estudantes (24 de cada gênero) do ensino superior com 21,2 ± 1,4 anos de idade, todos destros e inexperientes. Na fase de aquisição foram realizados 126 ensaios de "putt" às distâncias de 2, 2,75 e 3,5 metros do buraco. Vinte e quatro horas depois ocorreu a fase de retenção e o teste de tranferência. Na fase de retenção foram praticados 30 ensaios de forma aleatória. O teste de tranferência consistiu em 20 ensaios, 10 ensaios a 2,5 metros e 10 ensaios a 2,5 metros com 10 graus de desvio face ao centro do buraco. A análise dos resultados demonstra que não existem diferenças estatisticamente significativas entre grupos. O efeito do incremento de Interferência Contextual não foi verificado neste estudo.