“…Um fator que poderia interferir no resultado desta pesquisa seria a diferença na preparação dos corpos de prova, pois para o método do QLF TM o esmalte não precisa ser planificado (Andrade, 2009;Elton et al, 2009;Pretty et al, 2004;Shimaoka, 2010), embora exista esta possibilidade nos estudos "in vitro" (Ablal et al, 2009;Nakata et al, 2009) Outros fatores que influenciam no processo de remineralização do esmalte são: o tipo de apatita, o tipo e idade do dente (Amaechi et al, 1999;Garone Filho;Silva, 2008;Turssi et al, 2010;White et al, 2010); as características do ácido, como o pH (Venasakulchai et al, 2010), a acidez titulável, as propriedades quelantes , a temperatura, o tempo e a freqüência de exposição (Amaechi et al, 1999) A saliva artificial (G8) foi utilizada como controle negativo em vez de água deionizada, para simular de maneira mais adequada a situação clínica na qual o esmalte é submetido aos desafios erosivos e cabe à saliva a função de proteger o dente através da barreira fornecida pela película adquirida de saliva, pela sua capacidade de remover, diluir e neutralizar os ácidos, além de fornecer íons de cálcio, fosfato e flúor para atuarem no processo de remineralização do esmalte Cheaib;Creanor et al, 2011;Hara et al, 2008). A saliva artificial, apesar de não possuir as proteínas da saliva humana, que fornecem um reservatório de cálcio e fosfato e atuam nas trocas iônicas entre a superfície do dente, a película de saliva e o meio oral, ela é supersaturada em cálcio e fosfato e tem capacidade para repor no esmalte os minerais perdidos (Amaechi et al, 1999;McKnight-Hanes;Whitford, 1992;Rehder Neto et al, 2009;Turssi et al, 2011), mas apesar da existência destes minerais na saliva artificial, nesta pesquisa ela não foi capaz de estabilizar o processo de erosão.…”