ResumoIntrodução: Com a predominância do sedentarismo ocupacional, agravado pelo avanço tecnológico e pelo trabalho remoto, a saúde dos trabalhadores pode ser comprometida, incluindo problemas físicos e mentais, fazendo com que estudos sobre o comportamento sedentário e intervenções como pausas ativas ganhem destaque. Objetivos: O estudo aborda o impacto do sedentarismo no ambiente de trabalho e a relevância das pausas ativas para mitigar seus efeitos. Métodos: Estudo descritivo-exploratório com abordagem qualiquantitativa, realizado com 70 profissionais de ambos os sexos, 86% mulheres (35,2 ± 10,2 anos) e 14% homens (33,5 ± 11 anos), trabalhando remotamente em funções administrativas. Os participantes foram orientados a seguir uma rotina de pausas ativas durante 25 semanas. O estudo usou palestras, questionário e um aplicativo para a prática. Resultados: 64% dos participantes adotaram as pausas ativas após a intervenção. Foi observada uma redução significativa no tempo sedentário (superior a 10 horas) de 31% para 14%, e no número de trabalhadores que não se exercitavam, de 43% para 26% (p = 0,002). Notou-se também uma redução na sonolência após o almoço, na percepção do estresse (p < 0,01) e nas dores e ou desconforto no corpo (p < 0,01). Conclusões: A rotina de pausas ativas parece ser uma estratégia para diminuir o comportamento sedentário, melhorar a percepção de sonolência, estresse e dores. Portanto, a implementação de programas de gestão ativa do comportamento sedentário, por meio de pausas ativas, pode proporcionar um ambiente de trabalho mais produtivo e saudável, beneficiando a qualidade de vida dos funcionários e a produtividade da empresa. Palavras-chave: comportamento sedentário; saúde ocupacional; teletrabalho; medicina do trabalho; postura sentada.