Artigo recebido em 24 de outubro de 2015, versão final aceita em 11 de abril de 2016.
RESUMO:Diante do desafio da mobilidade urbana nas grandes cidades, formuladores de políticas públicas e pesquisadores têm sugerido a bicicleta como alternativa à questão. Assim, este artigo busca verificar como os estudos pessoa-ambiente enfocam a temática do uso de bicicletas como meio de transporte. Realizou-se revisão sistemática da literatura com estudos nacionais e internacionais publicados entre 2009 e 2014, buscando identificar o enfoque dado ao uso de bicicleta, a natureza dos estudos e os instrumentos utilizados. 33 artigos corresponderam às buscas e foram subdivididos em três categorias: hábitos e atitudes, ambiente e comportamento, e percepção. Aponta-se para a primazia de estudos internacionais de natureza quantitativa, com uso de questionários e escalas. Os resultados se aproximam ao atrelarem o uso da bicicleta ao bem-estar e divergem ao relacionarem o nível socioeducacional à escolha por esse modal. Aponta-se para a necessidade de compreender o fenômeno de maneira multideterminada, levando em consideração aspectos individuais, perceptivos, socioculturais e ambientais referentes ao tema.Palavras-chave: psicologia ambiental; ambientes urbanos; transportes; revisão de literatura; bicicleta.
ABSTRACT:In face of the urban mobility challenge in big cities, public policy makers and researchers suggest the bicycle commuting as an alternative to deal with this issue. This article aims to verify how the person-environment studies treat the use of bicycles as a means of transportation topic. A systematic review of literature was done with national and international studies published between 2009 and 2014, aiming to identify the methodological approach for bicycle commuting in person-environment studies, the nature of the researches and the instruments utilized. Thirty three articles satisfied the research and were subdivided into three categories: habits and attitudes, environment and behavior, and perception. The primacy of international studies with quantitative approach, using questionnaires and scales is noticeable. The results approximate when articulate bicycle commuting to well-being and diverge when relate socio-educational level to modal choice. These results indicate the necessity to comprehend the phenomenon in a multidetermined way, taking into consideration individual, perceptive, sociocultural, and environmental aspects concerning the topic.