O termo náusea e vômito pós-operatórios (NVPO) é normalmente usado para descrever náuseas e/ou vômitos na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) ou nas 24 horas imediatas de pós-operatório. Configura-se como uma resposta adversa multifatorial à anestesia e operação cirúrgica que é temida pelos pacientes, geralmente classificada como pior do que a dor pós-operatória. O presente estudo teve como objetivo trazer o que há de mais atual em relação à fisiopatologia, fatores de risco, profilaxia e tratamento da NVPO, baseando-se em evidências científicas e nas diretrizes mais recentes. A pesquisa apresentada refere-se a uma revisão narrativa da literatura. Foram realizadas buscas nos periódicos indexados nas bases de dados do PubMed, LILACS e SciELO. Além disso, foi feita uma busca nos livros de significativa importância na área da Anestesiologia. Apesar de ainda não estar 100% elucidada, algumas vias fisiopatológicas da NVPO já estão bem descritas. Em relação aos fatores de risco, a literatura estabelece bem alguns fatores como sexo feminino, status de não tabagista, histórico de NVPO e uso de opioides na cirurgia, além de outros fatores que são discutidos. A profilaxia e tratamento se baseiam na diretriz lançada em 2020 por Gan e seus colegas. A NVPO traz consigo um impacto negativo no bem-estar do paciente. Dessa forma, a NVPO configura como uma complicação de alto impacto e prevalência, apesar do avanço da ciência em relação ao tópico. É papel do médico estar ciente dos riscos, à fim de evitar tal complicação.