“…Eles determinam, portanto, uma concepção do lugar da polícia como aquele de um ator em uma arena adversarial, onde a visão do outro como objeto da ação policial se define pela negatividade. Por isso, o "crime", como já colocado, pode se transformar, aos olhos da cultura policial brasileira, em uma categoria praticamente desvinculada das dinâmicas sociais e territoriais que o produzem, algo que não faz sentido nas experiências históricas citadas, porque, tanto para ingleses como para americanos, a ligação entre o policial e os valores e dinâmicas comunitárias permanece como um elemento substantivo do sentido social que sua profissão adquiriu (Bittner, 1967;Emsley, 1996;Goldstein, 1990;Kelling e Moore, 1988;Reiner, 1992;Skolnick, 1966;Wilson, 1973).…”