Introdução: A inatividade física figura como um dos principais fatores associados à mortalidade. Por outro lado, os possíveis prejuízos provocados pelo excesso de exercícios físicos não devem ser negligenciados.Objetivo: Avaliar e comparar o nível de dependência ao exercício entre diferentes modalidades, estimar a prevalência de lesões musculoesqueléticas e a vulnerabilidade imunológica em jovens assintomáticos.Métodos: Estudo observacional. Uma amostra com 219 pessoas foi dividida em cinco grupos: sedentários (e/ou insuficientemente ativos) (n=50), controle (moderadamente ativos) (n=31), praticantes de crossfit superativos (n=45), praticantes de musculação superativos (n=47) e corredores superativos (n=46). Além de uma anamnese para caracterizar a amostra e inferir o número de lesões musculoesqueléticas, gripes e infecções nos seis meses anteriores à coleta de dados, foi utilizada a Escala de Dependência de Exercício. Utilizou-se a ANOVA one way para analisar as diferenças estatísticas e para comparar os níveis de dependência total ao exercício, e a prevalência de lesões musculoesqueléticas, gripes e infecções.Resultados: O grupo musculação apresentou os maiores níveis de dependência ao exercício quando comparado com os grupos sedentários e controle (p<0,05). Quanto às lesões musculoesqueléticas, o grupo crossfit apresentou a maior prevalência, com diferença estatística em relação ao grupo controle. Gripes e infecções foram mais prevalentes nos grupos sedentários e musculação.Conclusão: Pessoas moderadamente ativas apresentaram menos lesões musculoesqueléticas e menor vulnerabilidade imunológica em relação a sedentários e superativos. A inatividade física e o vício em exercício parecem tornar o sistema imunológico mais vulnerável. Pessoas com hábitos extremos em relação à prática de atividades físicas (sedentários e adeptos superativos) podem ter a saúde comprometida.Crossfit, Weight Training and Running: Addiction, Injuries and Immunological VulnerabilityIntroduction: Physical inactivity is one of the main causes related to mortality. On the other hand, the possible damages caused by excessive exercise should not be neglected.Objective: To analyze the level of exercise dependence between different modalities, the prevalence of musculoskeletal injuries and immunological vulnerability in asymptomatic young people.Methods: This was an observational study. A sample of 219 people was divided into five groups: sedentary or insufficiently active (n=50), moderately active control (n=31), super active crossfitters (n=45), super active amateur weight trainers (n=47) and super active amateur runners (n=46). Additionally, an anamnesis to characterize the sample and to infer the number of musculoskeletal injuries, flus and infections in the six months prior to data collection, the Exercise Dependency Scale was used. One way ANOVA was used to analyze the statistical differences and to compare the levels of total dependence to exercise, prevalence of musculoskeletal injuries, flu and infections.Results: The amateur weight trainers group presented higher levels of exercise dependence, with statistical difference in relation to the sedentary and control groups. Regarding the musculoskeletal lesions, the crossfit group presented the highest occurrence, with a statistical difference in relation to the control group. Flus and infections were more prevalent in sedentary and weight training groups.Conclusion: Moderately active people have fewer musculoskeletal injuries and less immunological vulnerability to sedentary and overactive ones. Physical inactivity and exercise addiction appear to make the immune system more vulnerable... People with extreme habits in relation to the practice of physical activities (sedentary and super active adepts) can have their health compromised.