ResumoO objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência de combate aos incêndios florestais em unidades de conservação brasileiras no período de 2008 a 2012. Foram utilizados três parâmetros principais para se avaliar a eficiência de combate: a área queimada, em que se avaliou a eficiência, distribuindo os incêndios ocorridos por classes de tamanho, e se observou a área queimada média por incêndio; o tempo para o ataque e sua distribuição por classe de tempo, em que se avaliou a eficiência de mobilização dos combatentes em termos
Abstract
Assessment of firefighting efficiency in Brazilian conservation units.The objective of this study was to assess the firefighting efficiency in Brazilian conservation units from 2008 to 2012. Three main parameters were used to evaluate the combat efficiency: burned area, in which efficiency was evaluated, the fires were distributed by size classes, and the average burned area by fire was observed; time for attack and its distribution by time class, in which the firefighters mobilization efficiency was evaluated in terms of average time from detection until the first fire attack; and time of combat, in which the average time of combat and its distribution by class of time of combat were evaluated. In the analysed period, Brazil presented a low combat efficiency. The average burned area in Brazilian protected areas was 613.61 ha in this period. The average time for attack and the average time of combat were 194.82 and 1,012.51 minutes, respectively. The main difficulty in the study was the lack of complete data of the Record of Fire Occurrence (ROI). Keywords: Fire, Brazil, conservation units, ROI.
INTRODUÇÃOIncêndios resultam em mudanças drásticas em todos os tipos de ecossistemas florestais (ZAITSEV et al., 2016). Eles têm forte impacto tanto sobre as condições bióticas como as abióticas (ADÁMEK et al., 2015). Nas Unidades de Conservação (UC), áreas ambientais destinadas primordialmente a proteção, os incêndios florestais são uma grave perturbação, que pode colocar em risco os processos ambientais e a biodiversidade. Na grande maioria das UCs brasileiras, não existe um planejamento adequado visando à prevenção e ao combate a incêndios (BONTEMPO et al., 2011).Grande parte dessa dificuldade no planejamento está relacionada a fatores incertos e altamente variáveis, tais como condições meteorológicas, ação antrópica, comportamento do fogo e propagação e seus efeitos. Estes são a base da gestão de incêndios e decisões políticas, através de múltiplos níveis e escalas, e são responsáveis pela eficiência dos recursos destinados ao combate e supressão (PACHECO et al., 2015). Em contrapartida, com uma quantidade limitada de equipamentos e recursos financeiros e humanos, os gestores florestais devem decidir a aplicação mais eficiente de subsídios em ações, como prevenção (ex. campanhas de educação ambiental), gestão de combustível (ex. queima prescrita e tratamentos mecânicos), pré-supressão (ex. planejamento e preparação,