“…Ao longo das duas últimas décadas, as tecnologias digitais têm sido utilizadas como suporte para pais e terapeutas, buscando facilitar o aprendizado e a independência dos indivíduos com TEA (CHIEN et al, 2015), principalmente como favorecedoras para garantia da quantidade mínima de horas da intervenção comportamental intensiva, assim como para avaliação da generalização da aprendizagem (SILVA; SOARES; BENITEZ, 2020;TREVISAN et al, 2019). Portanto, desenvolver tecnologias digitais para otimização das intervenções comportamentais pode ser um passo importante para garantir um maior envolvimento de pessoas, por meio da escalabilidade, já que, no Brasil, não existe uma normativa na área da saúde, educação e assistência social que garanta esse tipo de Ao analisar as tecnologias digitais disponíveis, é possível constatar que grande parte das diretrizes utilizadas para a produção de softwares e aplicativos tem uma linguagem voltada para as pessoas da área computacional, o que torna sua compreensão difícil para pessoas leigas nesta área (DAREJEH;SINGH, 2013;PAVLOV, 2014;PIZZOLATO, 2016;REZAE et al, 2020;SOARES;BENITEZ, 2020). A fim de tornar as interfaces digitais mais acessíveis e facilitar a sua utilização por diferentes tipos de usuários, é necessário o desenvolvimento de diretrizes que visem atender a diferentes especificidades dos usuários, tornando os sistemas mais personalizáveis e interativos, levando em conta uma perspectiva do desenho universal (BRASIL, 2016).…”