RESUMOO objetivo deste estudo foi analisar a associação dos polimorfismos genéticos I/D da enzima conversora de angiotensina (ECA) e R/X da proteína alfa-actinina 3 (ACTN3) com capacidade funcional e prevalência de quedas em mulheres no final da idade adulta e início da terceira idade. Foram genotipadas 60 mulheres e com base nestas características genéticas foram divididas em grupos e submetidas a medidas de estatura, massa corporal, testes de força de preensão manual, sentar e levantar, coordenação, alcance funcional e alcance lateral, além de responderem a um questionário sobre o nível de atividade física. Os resultados mostraram que não houve diferença estatística entre os genótipos da ECA e da ACTN3 em nenhuma variável. Porém, em relação aos polimorfismos da ACTN3, a prevalência de quedas no grupo XX foi em termos descritivos consideravelmente maior do que a do grupo RR/RX (42% versus 21% em um ano). Palavras-chave: Idosos. Equilíbrio. Exercício físico.
ABSTRACTThe objective of this study was to analyze the association of angiotensin-converting enzyme (ACE) I/D and alpha-actinin 3 (ACTN3) R/X genetics polymorphisms with functional capacity and fall prevalence in women in late adulthood and early old age. Sixty women were genotyped and based on these genetic characteristics they were separated in groups and submitted to measurements of height, body mass, handgrip test, chair stand test, coordination test, functional reach test and lateral reach test, besides answering a questionnaire about the level of physical activity. Results showed no statistical difference between ACE and ACTN3 genotypes in all variables. However, regarding ACTN3 polymorphisms, fall prevalence in group XX was bigger than in the RR/RX group (42% versus 21% in a year) using descriptive statistics. Keywords: Elderly people. Balance. Physical exercise.
IntroduçãoNos últimos anos estudos que abordam o processo de envelhecimento têm recebido destaque especialmente devido ao crescimento da expectativa de vida da população mundial em ritmo acelerado 1 e à constante preocupação em proporcionar um envelhecimento saudável 2 . Sabe-se que velhice não é sinônimo de doença, porém ela está associada a riscos potenciais para a instalação de incapacidades e da dependência física e cognitiva 2 . Por volta de 60 anos começa a ficar aparente a perda de força muscular relacionada inclusive à atrofia seletiva das fibras musculares do tipo II, trazendo sérias limitações para o cotidiano dos idosos 3-4 .De acordo com Nóbrega et al. 4 , a diminuição da massa óssea, as mudanças na cartilagem articular e em parâmetros biomecânicos também prejudicam a função locomotora e a flexibilidade, dificultando o deslocamento e aumentando o risco de lesões. E todos estes declínios funcionais característicos do envelhecimento contribuem para a maior incidência de