O uso de campos eletromagnéticos pulsados (CEMP) é uma das terapias frequentemente utilizadas pelo fisioterapeuta para tratamento de seus pacientes com diferentes patologias e em diversos países, exceto no Brasil. Devido ao longo tempo de utilização em todos os continentes e a quantidade de publicações existentes sobre o tema, busca-se compreender o motivo de essa técnica não estar presente na rotina de tratamento das clínicas de fisioterapia brasileiras. Para tentar responder a essa questão, realizou-se uma revisão sistemática na base de dados do Pubmed, de 1968 a 2010 (42 anos), com as palavras-chave “PEMF” e “Pulsed Electromagnetic Fields”, encontrando-se, respectivamente, 274 e 899 resultados. Após esse levantamento, foram selecionados 36 artigos do período de 1981 a 2008 hand made, além de consulta a 6 livros. Após a coleta de dados, perceberamse resultados positivos no tecido ósseo, em relação à consolidação de fraturas e a osteoporose, devido à sua ação piezoelétrica. Os efeitos antiinflamatórios e regenerativos também são citados. Portanto, o conhecimento desse recurso no Brasil deve ser despertado em todos os profissionais de saúde que compõem as equipes multidisciplinares de assistência, para que o tratamento possa fazer parte da rotina de trabalho dos fisioterapeutas, beneficiando pacientes de todas as faixas etárias e portadores de diferentes problemas. Sugere-se a fabricação de aparelhos geradores de PEMF por empresas nacionais para diminuir custos e facilitar o acesso a esse agente físico.