RESUMO: O presente artigocontém duas tarefas: investigar as noções de espaço, tempo e causalidade na teoria do conhecimento de Schopenhauer e, subsequentemente, realizar um estudo comparativo dos resultados obtidos com as considerações epistemológicas entre a primeira e a segunda fase do pensamento de Nietzsche. Compreendese que conclusões concernentes ao mundo como representação tiveram eco nas primeiras digressões do autor de O nascimento da tragédia sobre as concepções de espaço, tempo e causalidade. No entanto, os afastamentos começam a ser percebidos ainda nos primeiros anos da década de 1870. Optase por denominar as reflexões sobre o conhecimento até Sobre verdade e mentira em um sentido extramoral, tendo em vista, além da assistematicidade das abordagens nietzschianas, o amadurecimento das investigações epistemológicas em Humano, demasiado humano. Discutese como os moldes naturalistas da segunda fase da atividade intelectual de Nietzsche encontram implicações em suas concepções de espaço, tempo e, sobretudo, causalidade. Ressaltase, no entanto, não ser a intenção deste trabalho defender que a epistemologia de Nietzsche seja ABSTRACT: This article has two tasks: to investigate the notions of space, time and causality in Schopenhauer's theory of knowledge and, subsequently, to carry out a comparative study of the results obtained with the epistemological considerations between the first and second phase of Nietzsche's thought. It is understood that conclusions concerning the world as representation had an echo in the first digressions of the author of The Birth of Tragedy on the conceptions of space, time and causality. However, the departures begin to be perceived still in the first years of the 1870s. It is chosen to call the reflections on knowledge until On Truth and Lie in an ExtraMoral Sense, considering, besides the unsystematicity of the Nietzschean approaches, the maturation of the epistemological investigations in Human, All Too Human. It is discussed how the naturalistic aspects of the second phase of Nietzsche's intellectual activity find implications in his conceptions of space, time and, above all, causality. It is emphasized, however, that it is not the intention of this work to argue that Nietzsche's epistemology is originally derived from Schopenhauer or that it depends exclusively on the notions studied here.