A aroeira (Myracrodruon urundeuva Allemão) vem sendo explorada de forma desordenada, ocasionando redução drástica no número de indivíduos, fazendo com que passasse a fazer parte da lista de espécies ameaçadas de extinção, sendo oportuna a prioridade da conservação. No entanto, pouco se sabe a respeito de aspectos relacionados à sua fisiologia, principalmente acerca dos mecanismos fisiológicos que determinam sua tolerância à seca. O objetivo deste trabalho foi avaliar as trocas gasosas e o acúmulo de solutos orgânicos em plantas jovens de aroeira submetidas ao déficit hídrico e posterior recuperação. Plantas com doze meses de idade, mantidas em sacos plásticos pretos, contendo 5 kg de uma mistura de solo e esterco bovino (2:1) foram submetidas aos tratamentos irrigados (controle) e de déficit hídrico, o qual foi imposto através da suspensão da irrigação. Decorridos 12 dias de déficit hídrico, as plantas foram reidratadas. As plantas sob déficit hídrico apresentaram teor relativo de água de 70% ao final do período de estresse. O déficit hídrico promoveu redução progressiva na condutância estomática, na transpiração, na fotossíntese líquida e na eficiência no uso da água das plantas. A concentração intercelular de CO2 e as concentrações foliares de açúcares totais e aminoácidos solúveis totais aumentaram. Após a retomada da irrigação, ocorreu rápida recuperação no teor relativo de água, mas a recuperação da condutância estomática e da fotossíntese líquida ocorreu mais lentamente. As plantas de aroeira foram capazes de recuperar o status hídrico e o funcionamento do mecanismo estomático e fotossintético após a recuperação, demonstrando tolerância ao déficit hídrico.
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