O artigo apresenta um estudo de caso cujo objetivo central consistiu em averiguar as interpretações dos alunos sobre os diferentes processos avaliativos no contexto da disciplina Ciências. Os dados foram coletados em uma escola pública localizada no estado do Rio de Janeiro por meio de entrevistas com alunos do ensino fundamental e foram analisados: os sentidos sobre avaliação produzidos pelos alunos, as interpretações sobre os diferentes processos avaliativos em aulas de Ciências, os desempenhos nas avaliações em Ciências e sua atitude enquanto eventuais avaliadores. Os resultados mostram que: os alunos fazem uma relação entre o processo de ensino-aprendizagem e as avaliações sem, no entanto, reconhecer os trabalhos em grupo como avaliações; quando colocados na figura de avaliadores, privilegiam testes e provas; e ao justificarem o desempenho na disciplina, identificam o esforço e a dedicação pessoal. Logo, notamos que as interpretações dos alunos estão relacionadas às tradições avaliativas da escola básica. Além disso, pretendemos que os resultados desta pesquisa tenham reiterado a avaliação como uma etapa do processo de ensino e aprendizagem propondo a revisão de seu significado político (além do metodológico) no ensino de Ciências.