A partir de uma visão solidarista, este artigo explora a evolução das operações de paz ao longo do tempo de acordo com as mudanças percebidas na forma dos conflitos armados contemporâneos e seus impactos no debate sobre intervenção humanitária. Para tanto, utilizamos como objeto de análise as intervenções conduzidas sob a égide da ONU de forma a prevenir crises humanitárias. Acusamos que a politização do processo decisório no tocante às suas autorizações e definição de mandato leva ao agravamento de tais crises. Apontamos que o conceito de emergência complexa pode apontar condições de verificação para a necessidade e intervenção, complementando o princípio da Responsabilidade de Proteger e superando zonas cinzentas no tocante ao decidir quando intervir.