O artigo faz uma apresentação geral da metodologia de pesquisa prosopográfica. Em primeiro lugar, faz-se uma revisão histórica dos primeiros esforços prosopográficos propriamente ditos, distinguindo as escolas elitista, de caráter mais individualizante, e a sociológica, de caráter mais coletivo. Na seqüência, os precursores do método são apresentados, seguidos de alguns dos mais importantes trabalhos iniciais: as pesquisas historiográficas de Charles Beard e de Lewis Namier e a sociológica de Robert Merton. Em seguida, o autor comenta alguns dos principais problemas encontrados no uso acrítico da prosopografia: a ausência de dados adequados; erros nas classificações dos dados; erros nas interpretações dos dados; problemas na interpretação teórica dos dados. A identificação desses problemas não visa a negar a importância da prosopografia, mas a esclarecer quais os perigos que um uso descuidado dela podem acarretar; dessa forma, em seguida se apresentam alguns dos mais importantes resultados contemporâneos obtidos com a prosopografia, tomando como referência as pesquisas inglesas. Por fim, o autor comenta o quadro geral dos estudos prosopográficos contemporâneos, indicando sua situação nos Estados Unidos e na França, bem como as possibilidades e os perigos que a introdução do computador na prosopografia trazem para a prática historiográfica.