Resumo: Compreendendo a importância da formação de estudantes para o trabalho com demandas em sexualidade, este artigo apresenta dados que foram coletados por meio da aplicação de questionários virtuais a estudantes dos dois últimos anos do curso de Psicologia sobre a maneira como os cursos abordam a temática de gêneros e sexualidade. Participaram, ao total, 57 alunos(as) de cinco Instituições de Ensino Superior (IES), sendo uma delas da rede pública e as outras quatro da rede privada. A análise dos dados foi realizada de maneira descritiva pela elaboração de gráficos comparativos. Entre os resultados, pôde-se compreender que: somente duas IES possuíam, em sua grade curricular obrigatória, alguma disciplina específica orientada para os estudos das sexualidades; que a maior parte dos eventos sobre a temática são extracurriculares; que as disciplinas não abordam os transtornos da sexualidade; que as sexualidades e gêneros são abordados de maneira interseccional em outras disciplinas do curso. Conclui-se que, para uma formação orientada para uma prática profissional ética e comprometida com o atendimento integral das demandas em saúde sexual, faz-se urgente a implementação de disciplinas obrigatórias sobre gêneros e sexualidades nos cursos de Psicologia da região de Curitiba/PR.