Resumo Objetivo: O estudo tem como objetivo analisar a relação entre a rentabilidade e a alavancagem conservadora das empresas brasileiras. Originalidade/valor: O estudo contribui para a literatura ao investigar a rentabilidade como um determinante fundamental da alavancagem conservadora das empresas brasileiras, sendo possível entender se essa influência é baseada numa perspectiva de flexibilidade ou de restrição financeira. Design/metodologia/abordagem: A pesquisa se caracteriza como descritiva, documental e quantitativa. A amostra do estudo foi constituída por 271 empresas de capital aberto e 8.823 empresas de capital fechado. Os dados foram coletados na base Refinitiv Eikon para o período entre 2012 e 2019 (oito anos). Para a análise dos dados, o estudo utilizou a regressão logística no software Stata. Resultados: Os resultados indicam que, em média, 5,05% das empresas de capital aberto possuem alavancagem zero, e 29,08% das empresas de capital fechado possuem alavancagem contábil inferior a 5%. No contexto das empresas de capital aberto, quanto mais rentável a empresa, maior a probabilidade de apresentar alavancagem quase zero, corroborando a perspectiva da flexibilidade financeira. Já para as empresas de capital fechado que são menos rentáveis, há maior probabilidade de apresentarem alavancagem zero, o que coaduna com a perspectiva da restrição financeira.