Resumo Objetivo Verificar a capacidade de avaliação de testes de desempenho físico na identificação da baixa massa muscular (MM) em mulheres de meia-idade e idosas. Método Estudo transversal realizado com 540 mulheres de meia-idade (40-59 anos) e idosas (≥60 anos), nos municípios de Parnamirim e Santa Cruz, no Rio Grande do Norte, Brasil. Foram avaliadas MM, força de preensão palmar, extensão de joelho e velocidade da marcha. A baixa MM foi definida pelo índice de massa muscular esquelética menor que os 20% mais baixos para cada grupo de idade. Foram utilizados os testes: t de Student, qui-quadrado, análise de curva ROC para calcular a área sob a curva e ponto de corte de cada teste na discriminação das participantes com baixa MM. Foi considerado p<0,05 e IC de 95%. Resultados Para o grupo de meia-idade, as forças de preensão palmar e de extensão do joelho apresentaram sensibilidade (71,6% e 72,5%, respectivamente) e especificidade (59,4% e 56,0%, respectivamente) moderadas na identificação de baixa MM. Para as idosas, a velocidade da marcha e a força de preensão manual apresentaram boa sensibilidade (77,8% e 81,6%, respectivamente) e especificidade moderada (51,4% e 64,5%, respectivamente). A capacidade discriminatória da velocidade da marcha para as mulheres de meia-idade e da força de extensão do joelho para as mulheres idosas foi insatisfatória. Conclusão As medidas de força muscular são úteis para a triagem de baixa MM em mulheres de meia-idade, enquanto os testes de força de preensão manual e velocidade de marcha são úteis para idosas.