Ortotanásia é o não-investimento de ações e procedimentos invasivos, e mesmo fúteis, que visam prolongar o sofrimento e a morte de um indivíduo com uma doença incurável em final de vida. O objetivo da ortotanásia não é apressar a morte, mas humanizá-la como um ato mais humano do cuidar, pois consiste em colocar a pessoa no centro do processo e promover a autonomia de suas escolhas. Este estudo se propõe a discutir a ortotanásia no contexto da prática médica. Trata-se de uma revisão sistemática de literatura, que buscou analisar as publicações científicas nos últimos 10 anos sobre a ortotanásia e temas correlatos. A partir da aplicação da estratégia de coleta de dados foram analisadas 9 publicações, analisadas individualmente e discutidas sob a ótica da literatura de referência levantada na revisão de bibliografia, a análise dos conteúdos expressos observou entre 4 e 6 tendências e padrões sobre a ortotanásia e suas correlações com a bioética, foram extraídas as confluências do espectro das discussões e expressas na forma de gráfico do tipo nuvem de palavras com 45 vocábulos de maior frequência simples, a partir do qual realizou-se uma análise das mesmas, permitiram concluir que suas discussões enfatizam a importância da ortotanásia como uma prática ética que honra a dignidade do paciente em estado terminal, bem como destacam a necessidade de debater e compreender os conceitos e princípios relacionados à ortotanásia, promover a formação em bioética e estabelecer uma comunicação aberta com o paciente e sua família.